quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Pra não dizer que eu não disse nada

Ano de eleições, véspera do segundo turno para escolhermos o futuro administrador do país, ao pensar nisso me vem a mente uma luta de vale tudo, pois é bem assim que tem sido os últimos dias dos presidenciáveis, porém no vale tudo ainda temos alguma diversão. Entretanto, apesar de ler bastante sobre política, que é o mínimo que posso fazer como cidadã, tenho observado os assuntos que vieram à tona nessas eleições, religião é um deles. Como a maioria do povo é católico, obviamente os candidatos tendem a se remeter a isso quando fazem suas propagandas. O Serra colocou até foto dele quando fez a primeira comunhão, dias depois foi ao ar um pastor fazer propaganda pra ele também. Ao menos estão pregando a união do Deus, ou das religiões, enfim, isso tudo é real ou é mero interesse político? O pastor ao se despedir do público falou em deus, o que deus tem com isso? Ele também tomou partido entre esquerda ou direita agora? Me pergunto.
Depois da história do padre que parou a missa para avisar aos ali presentes que os panfletos contra a Dilma distribuídos dentro da igreja não eram verídicos e muitos menos de obra da igreja e foi acusado de petista, tive certeza, virou palhaçada!
Não vou fazer apologia a este ou aquele partido/candidato, tudo seria melhor se todos se unissem pelo povo e todo aquela lenda, sim porque isso é lenda, apenas gostaria de expressar o que penso sobre essa coisa de religião em eleição.
Primeiro, quem é ateu tá sem pai nem mãe, isso é inadmissível no quesito eleição, chance zero de ser eleito. Segundo, os umbandistas idem. Terceiro, muçulmanos também. Quarto, judeus idem. Budistas, nem vou comentar. Aliás, os judeus foram lembrados durante a eleição, agora será obrigatório que ensinem sobre o holocausto no ensino fundamental, tá certo...não seria mais proveitoso acrescentar algo no currículo de matemática das crianças e deixar os nazistas pro ensino médio como sempre foi, que é onde elas realmente têm noção do que foi isso? Francamente. Não estou diminuindo a importância do fato, jamais, mas não vejo onde está o acréscimo nisso, moral e cívica surtiria mais efeito.
Sem mais delongas e voltando ao assunto principal, religião.
As pessoas seguem determinada religião por afinidade, ou por medo, enfim, isso não vem ao caso, cada um sabe de si e o que é melhor para si também, mas não entendo o motivo que leva alguém a menosprezar quem não tem ou querer provar pra alguém que é preciso ter uma religião específica, e se a pessoa quiser fazer um mix e fundar sua própria religião, e se nessa religião não houver um deus, ao menos não da forma como ele é descrito, o que tem demais? E se não quiser ter religião também, é menos gente por isso?
Claro que não é proibido a troca de ideias quanto a isso, mas que ambos saibam ouvir e falar, sem menosprezar o outro, e que no fim haja um acordo, nem que seja cada um com a sua verdade, sem traumas.
Cada um com as suas convicções, os presidenciáveis poderiam arriscar isso, ao invés de pregar a necessidade de um deus deveriam pregar a necessidade de respeito ao próximo, isso sim tá em falta no mercado, hum...que ideia, respeito no mercado, tá aí, vote em mim nas próximas eleições, até lá inventarei o respeito em cápsulas sabor morango!